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Archive for maio \28\-03:00 2011

Neil Young sempre mesclou épocas acústicas e intimistas com fases elétricas e sujas. Nos dois extremos, demonstrava não só qualidade como, principalmente, autenticidade. Se pegarmos esses perfis e adicionarmos uma abordagem feminina que remete à Cat Power e Nico, teremos Sarabeth Tucek. Mais didático, impossível!

Okay, ela não tem a técnica instrumental do canadense; e também falta um pouco de dor para chegar na profundidade de Chan Marshall (e mais dor ainda para Chelsea Girl). Contudo, ainda assim há qualidade em Sarabeth e ouví-la é prazerosamente reconfortante.

Tudo começa pela melancólica e “nick-drakeana” The Wound and the Bow. Como abertura, a canção parece te situar no poço de sofrimento que Sarabeth se encontrava quando compôs as outras músicas. Soando quase conceitual, o álbum é uma representação – ou o registro – de boa parte dos sentimentos sofridos em uma desilusão. Não à toa, a última faixa do disco é a que dá o nome otimista ao álbum: Get Well Soon [“Fique bem logo”].

Wooden, a música seguinte, já traz uma mistura das duas fases de Neil Young: começa apenas com voz e violão e cresce para uma rasgante jam que poderia muito bem ser gravada pelos Crazy Horses.

A View parece ser uma introdução intimista para a canção que se segue, The Fireman. Uma bela música folk que nos lembra de Elliott Smith e suas canções acompanhadas de banda. Há também as baladas pianísticas, como Things left behind e At the bar.

Sarabeth abre para Bob Dylan em 2007

Mesmo com referências “vintages”, Sarabeth Tucek soa não apenas atual, como autoral. Este não é o primeiro disco da americana e, muito por causa disso, já mostra uma cantora madura (chegou a participar do disco Supper, quando Bill Callahan ainda era Smoog). Sarabeth consegue transferir com autenticidade, mas de forma minimalista, os sentimentos em suas interpretações.

Infelizmente, o disco não foi lançado no Brasil. O NewAlbumReleases disponibilizou Get Well Soon para download.

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O polonês naturalizado americano Arthur Rubinstein é considerado um dos pianistas virtuosos mais importantes do século XX. Suas interpretações de Chopin são aclamadas como as melhores do século.

Mas este post não se trata da sonoridade de Rubinstein, mas de algo mais visível: suas capas de discos. Inúmeras vezes ví algumas capas dos álbuns de Rubinstein e tive que parar para contemplá-las por alguns instantes. A maioria são apenas fotos com filtros que as deixam com uma textura diferente, mas as imagens registradas são de uma riqueza artística tão sofisticada quanto o conteúdo músical do disco.

Veja algumas:

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