Na teoria, folk e erudito são estilos divergentes. Mas, na prática, há quem consiga junta-los em um primoroso paradoxo.
A dinamarquesa Agnes Obel tem um som intimista que às vezes lembra o som melancólico de Elliott Smith. Aliado a essa abordagem acústica, Agnes junta uma sonoridade mais erudita, fazendo um som simples e orgânico. Há pitadas de Philip Glass e algo que remete aos trovadores da idade média. Não há referências diretas a blues e jazz.
O álbum de estreia, Philharmonics, inicia com uma faixa instrumental, apenas piano. Contudo, o restante do álbum é construído em volta da voz sussurrada e doce de Agnes com um piano minimalista. É o caso da canção Riverside, em que canta sobre a margem de um rio, soando como uma floresta sob uma neblina fria e densa.
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