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Archive for maio \28\-03:00 2010

Diane Birch me chamou a atenção primeiramente pela capa…

… depois, pelo som pop/soul bem-feito …

… mas foi com esse clipe que ela se firmou!

Para quem quiser matar a curiosidade, saiba como foi feito:

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Já publiquei aqui, há três anos atrás, uma breve e singela biografia do Bob Dylan. Em vários outros posts, também é possível ler outras coisas que escrevi sobre ele. Mesmo assim, não poderia deixar de publicar mais um (e já adianto que não será o último). A razão deste é o aniversário de 69 anos do cantor e compositor.

Já estava planejando algo com uma temática dylanesca, mas a idéia do texto ainda está maturando e não consegui me planejar para publicá-lo hoje.

Para registrar essa data, compartilho uma canção bem antiga do Bob Dylan. “John Brown” teve seu primeiro registro em 1962, numa gravação de um show que Bob fez no “Gaslight Café”. Contudo, uma gravação oficial só seria lançada em 1994, no álbum “Mtv Unplugged”.

Não sei exatamente quando a canção foi composta (não estou em casa para pesquisar na minha humilde biblioteca Dylan), mas ele tinha no mínimo 21 anos – já que nasceu em 1941 – quando escreveu essa música que faz uma crítica dura e com uma abordagem criativa e contundente sobre a guerra, seja ela qual e quando for.

A evolução e a descrição da trama são intrigantes. O final da música é de deixar qualquer um embasbacado.

John Brown

John Brown went off to war to fight on a foreign shore
His mama sure was proud of him!
He stood straight and tall in his uniform and all
His mama’s face broke out all in a grin

“Oh son, you look so fine, I’m glad you’re a son of mine
You make me proud to know you hold a gun
Do what the captain says, lots of medals you will get
And we’ll put them on the wall when you come home”

As that old train pulled out, John’s ma began to shout
Tellin’ ev’ryone in the neighborhood:
“That’s my son that’s about to go, he’s a soldier now, you know”
She made well sure her neighbors understood

She got a letter once in a while and her face broke into a smile
As she showed them to the people from next door
And she bragged about her son with his uniform and gun
And these things you called a good old-fashioned war

Then the letters ceased to come, for a long time they did not come
They ceased to come for about ten months or more
Then a letter finally came saying, “Go down and meet the train
Your son’s a-coming home from the war”

She smiled and went right down, she looked everywhere around
But she could not see her soldier son in sight
But as all the people passed, she saw her son at last
When she did she could hardly believe her eyes

Oh his face was all shot up and his hand was all blown off
And he wore a metal brace around his waist
He whispered kind of slow, in a voice she did not know
While she couldn’t even recognize his face!

“Oh tell me, my darling son, pray tell me what they done
How is it you come to be this way?”
He tried his best to talk but his mouth could hardly move
And the mother had to turn her face away

“Don’t you remember, Ma, when I went off to war
You thought it was the best thing I could do?
I was on the battleground, you were home . . . acting proud
You wasn’t there standing in my shoes”

“Oh, and I thought when I was there, God, what am I doing here?
I’m a-tryin’ to kill somebody or die tryin’
But the thing that scared me most was when my enemy came close
And I saw that his face looked just like mine”

“And I couldn’t help but think, through the thunder rolling and stink
That I was just a puppet in a play
And through the roar and smoke, this string is finally broke
And a cannonball blew my eyes away”

As he turned away to walk, his Ma was still in shock
At seein’ the metal brace that helped him stand
But as he turned to go, he called his mother close
And he dropped his medals down into her hand

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Peço licença às normas e aos brocardos das Artes. Esse post é apenas um relato – temperado com devaneios – sobre a exposição de um artista que rejeitava o rótulo de “plástico”. Achava que restringia sua atuação. E Helio Oiticica estava certo.

A “Casa das Rosas” localiza-se em uma mansão de número 37 da Av. Paulista. Construída em 1935 com projeto de Ramos de Azevedo (que a fez para uma de suas filhas) o local contém, além da imponente residência, um belo jardim, presenteando, a quem quiser, uma espécie de fugere urbem express. Desde 2004, a “Casa das Rosas” se tornou “Espaço Haroldo de Campos”, abrigando móveis, fotografias, artefatos e a biblioteca do poeta concretista.
São alguns passos – menos de uma quadra – que separam a “Casa das Rosas” e o prédio do “Itaú Cultural”, bem mais moderno que a mansão. Contudo, as linguagens de cada local dialogam com mais harmonia desde março até o final de maio, quando acontece neste espaço a exposição “Hélio Oiticica – Museu é o mundo”.
As instalações e quadros se espalham ao longo de três andares e começam com as “Metaesquemas”, algo que segundo o próprio Oiticica, “não é pintura e nem desenho”. São desenhos geométricos feitos em cartolina que parecem estar soltos, pendulados. Datam dos anos 50, quando Hélio começava a brincar com as normas, antecipando o que viria na década seguinte.

A partir dos anos 60, Oiticica investiu na transcendência das artes. Para ele, Mondrian tinha levado ao extremo a pintura. Assim, algumas obras, como “Os núcleos”, são praticamente caracterizações em 3D dos quadros do pintor holandês. Nesse ponto, o artista já começa a induzir uma certa participação do espectador, que pode girar em torno da obra e olha-la na forma que lhe convir. Os “Penetráveis” consistem em algo tão pessoal quanto os núcleos. São instalações coloridas em que se pode caminhar dentro e através dos “quadros”.

Mas a participação do contemplador chegaria ao máximo em obras famosas como os “Parangolés” e os “Bólides”. Helio definia os Parangolés como sendo a “antiarte por excelência”. São capas (ou bandeiras) que formam uma pintura em movimento. Ou seja, para que a arte “desse certo” era preciso vesti-la e se movimentar. A mera contemplação não mais fazia sentido.

Hélio Oitica por Ivan Cardoso (1979)


Os Bólides partem do mesmo princípio, mas focam na experiência: tanques com água, sacos com café e bacias com terra incitam o visitante experimentar sensações, ao invés de apenas absorver a interpretação de sensações do artista.

A exposição ficará no Itaú Cultural até 23 de maio é imprescindível para quem estiver em São Paulo. O valor da entrada: Zero reais!!!

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Passei uma fase de imersão cartolística. Resolvi ler um livro que comprei há alguns anos sobre o sambista carioca, revi um documentário sobre Cartola e voltei a ouvir (com outros olhos e ouvidos) o samba do fundador da Estação Primeira de Mangueira.
Como produto disso tudo, monto um OLV (Ouça – Leia – Veja) só com Cartola.

Ouça – Coletâneas
Para quem não tem nenhum CD do Cartola, uma ótima opção (apesar de ser uma ligeira enganação) é uma coletânea intitulada “Bis”, da gravadora EMI. É um CD duplo (cujo tempo total caberia em apenas uma mídia) que contém dois álbuns na íntegra. Apesar de não estar explícito, o disco 1 é o LP de 76 (com Zica e Cartola na capa) e o disco 2 é o álbum de 74 completo. O bom disso tudo é o preço: encontrei por menos de R$15.
Para quem já conhece esses álbuns, outra alternativa é a coletânea “Maxximum”, da SONY/BMG. Por ser de outra gravadora, o álbum traz músicas de uma fase não muito conhecida (com uma roupagem também menos rústica), mas não menos genial. Destaque para as músicas “Autonomia”, “A mesma estória” e “Nós dois”.

Leia – Cartola, os tempos idos
Este livro aborda não apenas a vida de Cartola e algumas histórias por trás das músicas, como apresenta um panorama da influência do sambista no cenário carioca e defende, através de dados, relatos e interpretações, que o samba, apesar de cantar Noel Rosa, não veio da Bahia, mas é produto original do Rio de Janeiro.

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Veja – Cartola: Música para os Olhos
Assisti este documentário antes e depois de ler o livro. O documentário tem uma linguagem mais poética, solta, o que o deixa mais bonito, mas perde um pouco na transmissão das informações. Para quem não conhece muito as passagens na vida de Cartola, o filme deixa algumas lacunas, algumas passagens sem muito contexto. Agora, quanto mais você conhecer a biografia do sambista, mais enriquecedor é assistir o DVD.

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