Sempre reparei no olhar das pessoas. E não digo pela beleza do globo ocular, pelo formato ou pelas nuances de cor que se pode ver, mas pela expressividade do olhar. Tanto faz se o olho é verde, azul, castanho, verde-castanho, azul-cinza… O que importa é a mensagem transmitida pelos olhos.
Contudo, devo admitir que alguns olhos conseguem ser belos (nas nuances e formas) e expressivos ao mesmo tempo. Mas não é esse o tópico deste post. Tive contato recente com duas cantores de olhos azuis e musicas expressivas. Cada uma de um jeito.
Conheci a norueguesa Ida Maria através de um programa britânico que passa no Multishow chamado Sound. As primeiras frases que eu ouvi dela já me convenceram a continuar ouvindo até o final. Mesmo que isso significasse eu chegar atrasado ao trabalho.
Whiskey please, I need some whiskey please
So bring me consciousness and kill my innocence
Anotei rapidamente o nome dela e fui atrás do CD. Lançado em 2008, Fortress round my heart soa como um album de rock-pop, com levadas na guitarra bem felizes. Mas as letras não traduzem sempre esse clima de alegria e as vezes soam irônicas. E talvez seja essa combinação que o faça tão bom.
A outra garota de olhar cor-de-céu eu já conhecia de outros carnavais meios. Zooey Deschanel atuou em filmes grandes, como Quase Famosos, Guia do Mochileiro das Galáxias…
Também em 2008 (sim, sei que estamos em 2009, mas as vezes demoramos mais, okay?), Zooey se juntou com M. Ward e formaram a dupla folk She & Him e lançaram o álbum Volume One.
Com um nome que nos remete a uma compilação, Volume One aparenta ser uma homenagem a cultura pop em inglês (leia-se: EUA e Inglaterra). O album é regado de boas referências, da Motown dos anos 60, passando pelo folk, country e levadas que remetem aos Beatles e toda a geração hippie. Todas as músicas são compostas pela Zooey, exceto duas covers: “You really got a hold on me” (Smokey Robinson) e “I should have known better” (Lennon, McCartney).
É um disco muito mais intimista e sutil, mas não menos bom.