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Archive for novembro \26\-03:00 2009

Mais que olhos azuis…

Sempre reparei no olhar das pessoas. E não digo pela beleza do globo ocular, pelo formato ou pelas nuances de cor que se pode ver, mas pela expressividade do olhar. Tanto faz se o olho é verde, azul, castanho, verde-castanho, azul-cinza… O que importa é a mensagem transmitida pelos olhos.

Contudo, devo admitir que alguns olhos conseguem ser belos (nas nuances e formas) e expressivos ao mesmo tempo. Mas não é esse o tópico deste post. Tive contato recente com duas cantores de olhos azuis e musicas expressivas. Cada uma de um jeito.

Conheci a norueguesa Ida Maria através de um programa britânico que passa no Multishow chamado Sound. As primeiras frases que eu ouvi dela já me convenceram a continuar ouvindo até o final. Mesmo que isso significasse eu chegar atrasado ao trabalho.

Whiskey please, I need some whiskey please
So bring me consciousness and kill my innocence

Anotei rapidamente o nome dela e fui atrás do CD. Lançado em 2008, Fortress round my heart soa como um album de rock-pop, com levadas na guitarra bem felizes. Mas as letras não traduzem sempre esse clima de alegria e as vezes soam irônicas. E talvez seja essa combinação que o faça tão bom.

A outra garota de olhar cor-de-céu eu já conhecia de outros carnavais meios. Zooey Deschanel atuou em filmes grandes, como Quase Famosos, Guia do Mochileiro das Galáxias…

Também em 2008 (sim, sei que estamos em 2009, mas as vezes demoramos mais, okay?), Zooey se juntou com M. Ward e formaram a dupla folk She & Him e lançaram o álbum Volume One.

Com um nome que nos remete a uma compilação, Volume One aparenta ser uma homenagem a cultura pop em inglês (leia-se: EUA e Inglaterra). O album é regado de boas referências, da Motown dos anos 60, passando pelo folk, country e levadas que remetem aos Beatles e toda a geração hippie. Todas as músicas são compostas pela Zooey, exceto duas covers: “You really got a hold on me” (Smokey Robinson) e “I should have known better” (Lennon, McCartney).

É um disco muito mais intimista e sutil, mas não menos bom.

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O comediante Kessler Knigge faz diversos vídeos com a temática “10 coisas que você não deve fazer”. As situações são das mais diversas: cirurgia, primeiro encontro, jantar com amigos, avião, etc…

Eis um Top10:

1- Cirurgião

2- Conhecendo os pais da namorada

3- Vendedor

4- Na maternidade

5- Briga com a mulher

6- Comissário de bordo

7- Ginecologista

8- Drogas ao volante

9- Professor

10- Elevador

Veja mais de 70 videos do Kessler Knige

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Música se aprende

O pessoal da região Sul sempre tem idéias originais. Além das bandas de lá, como Bidê Ou Balde, Video Hits, Cachorro Grande e tantas outras, eles criaram, ou difundiram, o FlashRock. Isso em 2007. O “movimento” consistia numa mistura de flash mob com rock. A banda se instalava a noite num ponto de ônibus e simplesmente começava a tocar.

Agora a Unisinos criou o curso de Formação de Produtores e Músicos de Rock. A idéia de criar um curso com o Rock como temática principal é ousada, mas interessante. Não sei se eles ensinarão tudo, como sexo e drogas… Mas rock’n’roll faz parte do currículo!

Para divulgá-lo, criaram o “Musica se aprende” (site e twitter) com várias informações sobre a história do rock. Tem algumas materias interessantes, entrevistas…

Enfim, fica a dica!

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Must Be Santa

Hahahaha!

É inacreditável isso!

Bob Dylan não só grava um álbum natalino, como faz um clipe!

Enfim: assista, pasme e curta!

“Who laughs this way ‘Ho, ho, ho’?”

Considerações gerais:

– O que é esse cabelinho liso?

– Dylan dançando uma “ciranda” (1:09)…

– Ótima quebradeira no final!

Ps.: Vale a pena conferir o clipe anterior, “Beyond Here Lies Nothin'”, do álbum Together Through Life.

Um casal feliz…

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Quem não se lembra daquele policial no Loucademia de Polícia que fazia vários barulhos com a boca?

Os efeitos eram feitos pelo próprio ator, Michael Winslow. Eis uma fabulosa e divertida compilação de suas habilidades vocais…

Quem não queria um colega assim?

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clique na imagem para aumentá-la

via Chongas

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Top5 – Chutes dylanescos

Não irei discorrer a respeito do talento como letrista de Bob Dylan. Quanto a isso, muitos já disseram e muitos ainda dirão (como eu, futuramente!). Contudo, deve se respeitar a sofisticação de Dylan quando ele quer dar um fora, um belo chute-na-bunda, através de suas músicas.

O Washington Post divulgou uma lista com cinco foras mais ácidos que cantor deu através de seus versos.

1- “Don’t think twice it’s all right”
“But goodbye’s too good a word, babe/So I’ll just say fare thee well/I ain’t sayin’ you treated me unkind/You could have done better but I don’t mind/You just kinda wasted my precious time/But don’t think twice, it’s all right” (“Mas ‘adeus’ é uma palavra muito boa, querida/ Então eu digo apenas ‘até logo’/ Eu não estou dizendo que você me destratou/ Você poderia fazer melhor, mas eu não ligo/ Você meio que desperdiçou meu tempo precioso/ Mas não pense duas vezes, está tudo bem”)

A sutileza e ironica do título é o que torna a musica ainda mais ácida. O uso de um termo carinhoso, babe (querida), além do “descaso” pelo destrato sofrido pelo eu-lírico, apenas encobre e maqueia o descaso não pelo distanciamento, mas por quem o começou.

2. “4th Time Around”
“And I, I never took much/I never asked for your crutch/Now don’t ask for mine” (“E eu, eu nunca exigi muito/ Eu nunca pedi pela sua muleta/ Agora não peça pela minha”)

Oliver Trager sugere que essa musica é uma resposta a “Norwegian Wood (The bird has flown), de John Lennon. Principalmente essas últimas linhas, que respondem de forma um tanto irônica a influência de Dylan sobre os FabFour.

3. “Positively 4th Street”
“Yes, I wish that for just one time/You could stand inside my shoes/You’d know what a drag it is/To see you” (“Sim, eu gostaria que ao menos uma vez/ Você estivesse no meu lugar/ Você saberia como é um saco/ Te ver”)

Essa musica, lançada como single em 1965, é basicamente um ataque atrás de outro. Cada estrofe é uma ofensa, às vezes irônica e sutil, às vezes agressiva e explícita. As frases acima talvez se encaixem mais na segunda opção.

4. “It’s All Over Now, Baby Blue”
“The vagabond who’s rapping at your door/Is standing in the clothes that you once wore/Strike another match, go start anew/And it’s all over now, Baby Blue” (“O vagabundo que está batendo na sua porta/ De pé com as roupas que você já usou/ acabe com outro jogo, comece de novo/ Está tudo acabado, ‘querida azul’”)

Sem comentários. Uma bela humilhada, com um final conclusivo.

5. “Masters of War”
“And I hope that you die/And your death’ll come soon/I will follow your casket/In the pale afternoon/And I’ll watch while you’re lowered/Down to your deathbed/And I’ll stand o’er your grave/’Til I’m sure that you’re dead” (“E eu espero que você morra/ e sua morte virá logo/ Eu seguirei seu caixão/ Na tarde pálida/ E eu assistirei enquanto você estiver descendo/ No seu leito de morte/ E eu ficarei parado na sua sepultura/ Até eu ter certeza que você está morto”)

Essa música, com um conteúdo mais político do que passional, traz uma descrição dura. É forte a imagem de alguém observando seu inimigo (ou ex-amor) na sepultura e ter certeza que ele está morto.

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Quando eu penso…

… em rodízio de veículos:

via Bobagento

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O sonho de qualquer bêbado!

– Sua bebida nunca cai;
– Suas peripécias sempre dão certo;
– Sem precisar falar nada, uma gostosa mulher se aproxima de você;

Mojita-se… Se passar mal, a culpa é do Bacardi limão!

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Lua (ou Sol)

Comprei há algum tempo um mp3 player. Como sou econômico humilde, resolvi pegar um bem simples, sem frescuras. Quando eu comecei a usa-lo, percebi que as frescuras que eu abri mão foram: volume razoável, bateria durável e painel alumiado. Ou seja, um aparelho abominável, com volume baixo, pouca bateria e uma dificuldade para escolher as músicas.

Enfim, não o uso mais. Na volta de São Paulo, quando fui ver a Virada Russa, passei numa loja na rodoviária para arrumar algo para ler. Achei um livro que me pareceu de distribuição independente, quase amador, com contos, “mini-contos” e poesias. Li de forma aleatória, entre uma olhada e outra pela janela.

Há uma certa altura da viagem (km 64), deparei-me com um “mini-conto” que eu achei bem interessante. Às vezes ele me parece um rascunho. De qualquer forma, compartilho com vocês.

Lua (ou Sol)
por Luis Tavares Santos

Mesmo com todas as mudanças climáticas ocorridas nos últimos tempos; mesmo os gases emitidos pelas fábricas, refinarias, carros, construções; mesmo com os fenômenos da natureza; as angulações da luz e seu prisma; mesmo com todas as explicações e teorias, ele nunca vira uma lua daquelas.

Não era uma lua qualquer. Não parecia uma lua qualquer. Talvez nem fosse lua, talvez fosse sol. Ele a vira numa madrugada, antes da chegada dos pássaros, longe da chegada do dia, da chegada do final, ou do começo. Já fizera sua escolha, sua decisão. Era uma questão de esperar o dia acabar. Eis que ele é presenteado com uma lua que ele nunca vira.

Era grande, imponente, como se autorizasse sua escolha. Símbolo de consentimento. Ele a vira a caminho da despedida, nas ruas que passaria pela última vez, na portaria que não escalou, nas curvas que mal fazia. Eles se encontravam entre uma olhada e outra, entre uma enxurrada e outra, enxugada e outra, exumada e outra.

Chegou em casa sem forças para sobreviver. Adormeceu como num último sono.

***

Acordou pouco tempo depois, mas como se fizesse anos que dormira. O cansaço dos pés não estavam sanados, mas a mente estava revitalizada. Olhou-se no espelho. Não se reconheceu. Estava tudo lá: a barba, a boca, os olhos, mas havia uma leveza no olhar, uma serenidade na expressão. Fazia tempo que não deixava de sentir um fardo. Suas cobranças consigo eram as mesmas do dia anterior, mas uma pendência resolvera. Com ajuda da lua. Uma lua que ele nunca vira.

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