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Archive for junho \30\-03:00 2010

Desreverência

O ambiente de música erudita é conhecido pela sobriedade. Num concerto, o silêncio deve ser absoluto durante as peças e alguns costumes (como não aplaudir entre um movimento e outro) produzem uma atmosfera carrancuda e introspectiva, mesmo quando as obras apresentadas inspiram alegria e uma apologia à dança, por exemplo.

Seria uma inocência achar que os bastidores do cenário erudito fosse um espelho do que ocorre nos palcos. Alguns músicos devem seguir a risca esse respeito fechado e sério, mas, por sorte, temos aqueles que conseguem suavizar e deixar o ambiente agradável, desaparecendo as barreiras e os guias de conduta da música clássica.

Itzhak Perlman talvez seja o de maior destaque.

Neste vídeo, durante um aparente workshop (ou algo assim), ele observa um garoto executar um staccato (a grosso modo: quando toca-se duas ou mais nota com um hiato entre elas, “batendo” rapidamente o arco nas cordas).

Quando o garoto termina, ele conta uma história do violinista Josef Gingold, que não dominava bem a técnica do staccato. Durante um concerto, o também violinista Eugène Ysaÿe, que tinha uma presença imponente, questionou o staccato de Gingold e ofereceu ajuda para aprimorá-lo. Pediu a concentração de Gingold e gritou: “Vai!”. O violinista ficou tão nervoso que nunca mais desaprendeu a “tremer” com o arco.

Outro momento protagonizado por Perlman se dá no mesmo evento. Ele explica que durante a gravação do Capricho número 5 de Paganini, em um lugar grande e que ecoava bastante, ao ouvir o playback do que gravou, Itzhak ouviu uma mistura de notas e sons por conta da reverberação. Bem humorado, ele justifica: “Eu sei que eu toquei todas as notas!”.

Abaixo, outros registros de momentos de descontração entre os músicos eruditos, tão acostumados à solenidade e rituais monótonos.

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YouTube em 1985

Esse vídeo já meio antigo (não por se passar nos anos 80, dããããã), mas resolvi publicá-lo aqui porque a idéia é genial.

Como seria o YouTube na década de 80:

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A cantora e compositora Laura Burhenn contou ao NPRMusic que sempre imaginou uma banda que soasse como um Neil Young em companhia de algum grupo da Motown. A partir daí surgiu a idéia de montar o grupo “The Mynabirds”. Realmente ela acertou tanto na intenção quanto na descrição da banda: há claras evidências folk/country nas músicas, mas uma levada (principalmente pelo teclado) fazem a música soar um tanto quanto negra. Motownezada, digamos.

Nessa música, “Numbers don’t lie”, podemos ouvir essa sincronia entre o folk e o soul. Contudo, esse é um exemplo onde o lado Motown parece estar mais presente.

The Mynabirds – Number don’t lie

Em “Let the record go”, o lado ruralesco vence e a canção é praticamente despida de qualquer insinuação soul.

The Mynabirds – Let the record go

O único album do grupo saiu em abril deste ano e se chama “What we lose in the fire we gain in the flood” e vale a pena ouvir.

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Resolvi formalizar uma tendência em alguns posts. Agora, uma categoria nova no blog: Clipes bacanudos. Para inaugurar essa nova seção, um clipe com várias invenções criativas. O som é bacaninha, mas o clipe é bacanudo!

A escova de dente é genial, falae…

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