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Archive for abril \10\-03:00 2010

Prefacio meu post com uma indagação: O que é uma novidade? Há um velho chará que diz – e que provavelmente parafraseou de alguém – que a Bíblia pode ser uma novidade, basta você nunca a ter lido. Sendo assim, apresento algumas descobertas recentes (e algumas novidades “reais”) da música “desplugada” (a.k.a: acústica).

Desculpe, Jakob. Mas filho de peixe…

Após comandar o grupo “The Wallflowers” durante anos, Jakob Dylan embarcou numa viagem solo e lançou, em 2008, o CD “Seeing things”. Agora, retorna com um novo material, intitulado “Women + Country”. Um álbum que tem partes meio esquisitas, dialogando com a persona vaudeville de Tom Waits, como é o caso da música “Lend a hand”.
“Women + Country” também apresenta um compositor/intérprete maduro, que consegue manter as mesmas referências do pai (o álbum foi produzido por T Bone Burnett, que tocou com Bob Dylan na turnê Rolling Thunder Venue, nos anos 70), sem parecer uma cópia ou uma tentativa de ser seu próprio genitor. Aliás, se for preciso compará-lo, o parâmetro seria Bruce Sprigsteen, altamente influenciado por Bob.
Mais uma curiosidade dylanesca: a gravação ocorreu no mesmo estúdio que Dylan-pai registrou o álbum “Planet Waves”, que contém a faixa “Forever Young”, homenagem a seus filhos, incluindo Jakob).

Domingo de manhã com calçados de sábado

Deparei-me com a capa e o título me chamou atenção. Ao ouvir, vi que a coisa era séria e o rapaz era bom! Richard Julian faz jus ao título do álbum, lançado em 2008, e pode ser descrito como um Jack Johnson da meia-noite – sem aquele clima praieiro dominical. O som é sólido e simples (apenas voz, violão, bateria e baixo acústico) e tanto o vocal como sua técnica no violão dão um tom “jazz intimista” ao som folk. O encarte também merece atenção! Além de ter um layout muito bonito, traz sugestões de acompanhamentos: Cada música é atrelada a uma receita de bebida.
Em 2006, Richard Julian se juntou com Norah Jones, Jim Campilongo e Lee Alexander e lançaram um CD do projeto chamado “The Little Willies”, com gravações de músicas de Hank Williams, Willie Nelson, Kris Kristofferson, entre outros.
Está previsto para maio deste ano o lançamento de um novo álbum, “Girls need attention”.

A família madeira fazendo um som acústico (RÁ!)

O baixista Chris Wood é integrante do trio “Medeski, Martin & Wood”, que tem um trabalho de jazz com improviso muito bem feito, tendo tocado com diversos músicos, como o guitarrista John Scofield (já sugeri um álbum do trio por R$8).
Paralelo ao trio, ele se juntou com o irmão Oliver para formar a dupla “The Wood Brothers” e fazer um som despretensioso, acústico e completamente agradável. A sonoridade tem um quê de jazz, mas o forte é blues mesmo. E um blues do bom com pitadas de um “pop bem-feito”.
O primeiro álbum que tive contato foi o “Ways not to lose”, de 2006. Depois fui atrás do CD lançado em 2008, chamado “Loaded”. O primeiro é mais blues puro, enquanto o segundo tem uma pegada mais folk/country. Os dois valem a pena, mas precisa de sugestão? “Ways not to lose”.

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Ouça – Piano Concerto Nº1 de Brahms – (Glenn Gould e Leonard Bernstein)
Um concerto histórico por vários motivos. Num discurso incomum, precedendo o início da apresentação, Bernstein adverte o publico pela versão pouco ortodoxa que eles presenciariam. O regente também pergunta sobre quem manda em um concerto: o maestro ou o solista? De qualquer forma, ele encerra o discurso afirmando estar lisonjeado por reger um “solista pensante” e pela interpretação de Glenn Gould – que alterou consideravelmente alguns andamentos e dinâmicas da peça. Um registro de uma abordagem surpreendentemente original.

Leia – Diálogos com Borges (Borges)
Uma série de três livros com transcrições de diálogos que foram veiculados por rádio na Argentina entre o jornalista Oswaldo Ferrari e o escritor Jorge Luis Borges. Cada livro tem uma temática central – Filosofia, Amizade e Sonhos -, mas cada conversa percorre por diferentes assuntos, como Kafka, a fórmula de contos de Borges e amor, além de trazer nesses bate-papos inúmeras referências e citações. Muito bom para entender, ou tentar entender, a cabeça desse escritor fantástico. Para quem não conhece Borges, sugiro “Ficções”.

Veja – Zelig (Woody Allen)
Um pseudo-documentário sobre um homem-camaleão. Woody Allen interpreta Leonard Zelig, um rapaz que transforma suas características de acordo com seu interlocutor. Ora é negro, chinês, psicólogo, gordo… E assumindo essas várias personagens, entra numa crise de falta de personalidade. Um filme mais denso, mas típico de Woody Allen. Segundo uma Amiga do Woody, pode ser interpretado como uma visão do diretor sobre as exigências da industria cinematográfica. Veja um teaser.

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