Perceberam minha ausência textual no blog? Eu sim! Para remediar, enfiei um tanto de vídeo do VocêTóba, hipocritamente, é claro!
Meu hiato bloguístico se deve a algumas ações profissionais que faço atualmente. Entre tantas outras, estou fazendo a assessoria de imprensa para a banda QUIZ. O grupo é formado por músicos formados em música na Unicamp. Coisa fina!
Comecei a trabalhar com eles não só pelo lance profissional da coisa, de entrar no mercado de trabalho e galgar meu próprio espaço nessa lama. A razão maior foi de estar em contato com pessoas que respiram música. Obviamente, seus olfatos são muito mais apurados que os meus e talvez isso seja mais um motivo para eu me interessar.
A QUIZ (no feminino mesmo – coisa de artista maluco?) faz um groove moderno recheado de elementos dos mais variados estilos. Ouve-se drum’n’bass em músicas de bossa nova. Disco em funk. E Moderna MPB em tudo. Tudo isso auxiliado por uma percepção sonora e concepção musical original e de muita qualidade! Precisa de rótulos ou influência? Ed Motta, Jamiroquai, Moska, Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Ivan Lins… Junta tudo e pronto!
Eles lançaram recentemente o primeiro CD, auto-entitulado, e a distribuição está sendo (é impossível não gerundiar agora!) feita pela Tratore, especializada em artistas independentes (mas não amadores!). (Existe limites para parênteses num único parágrafo? O que a ABNT deve falar a respeito?)
O CD é animal. Músicas com arranjos muito bom e uma qualidade técnica de todos os músicos que é invejável. A cozinha é uma coisa francesa, meticulosamente coordenada pela batida certeira e criativa do batera Gigante em conjunto com o baixo do Gagá (ou Gabrilas… sei lá!), que sabe a hora certa de se manter na batida e a hora de fazer suas pontuações.
A “cama harmônica” é feita pelo guitarrista Emiliano e Pedro nos teclados que, juntos, conseguem dividir bem suas aparições, equilibrando bem as harmonias e melodias características da QUIZ!
Guga faz sua parte com uma qualidade absurda. Como já disse a ele, “No Seu Jogo” é um exemplo de como a banda consegue alterar de forma harmoniosa a dinâmica da música, perpassando por ritmos lentos e melódicos até um certo frenesi quase que catártico. E tudo isso é otimamente guiado (ou seguido) pelo vocal de Guga, que respeita cada clima da música, fazendo ora um vocal limpo e exato, ora jazzisticamente complexo, além de soltar a garganta de vez em quando.
Sei que parece demagogia este post. Mas saibam que fui ao show desses caras e escrevo aqui não como o assessor de imprensa deles, mas como um viciado em música de qualidade, que percebeu a tamanha originalidade e poder desses malucos!
Chega de puxa-saquismo, eu sei!
Ouçam e tirem suas conclusões, vai!
Adiós!