Feeds:
Posts
Comentários

Archive for 24 de maio de 2007

66 anos de Bob Dylan…

Recebi hoje um email do Baiano me informando de uma data: hoje, 24 de maio de 2007, Robert Allen Zimmerman faz 66 anos de idade. Vulgo Bob Dylan, sobrenome que pegou emprestado o poeta Dylan Thomas, foi um dos músicos mais influentes, principalmente nos anos 60. Cantando o que se chama de “canções de protesto”, designação que ele não aceita que seja qualificada suas músicas, Bob Dylan mudou a história da música americana ao dar uma nova abordagem ao folk tradicional.

Bob Dylan nasceu em Duluth, Minnesota, mas foi criado em Hibbing. Não se indentificou com nenhuma das duas cidades. Aos 10 anos, uma visita ao porão mudaria sua forma de ver o mundo. Ao chegar abaixo da casa onde morava encontrou um violão e um móvel em mogno. Quando abriu o armário, viu que se tratava de uma vitrola, com alguns vinis. Foi seu primeiro contato com folk music e se identificou de primeira, por achar que o estilo via do mesmo modo que ele  a vida.

Tocou em algumas bandas de rock durante a adolecência, mas ao ouvir o músico Woody Guthrie, percebeu que esse seria seu maior ídolo. Bob chegou a visitá-lo no hospital quando o músico estava doente. No começo dos anos 60, resolveu sair de Hibbing para se aventurar no resto do país, sob a influência do movimento beatnik, até chegar na cidade de Nova Iorque, em 1961.

Lá, frequentava muito a região de Greenwich Village, local onde borbulhava cultura vanguardista. Poetas, músicos, atores e diversos outros artistas se encontravam nos bares da região para ouvir canções e poemas. Entre eles, Bob Dylan começou a tocar músicas que o influeciavam, como as de Woody Guthrie e a cantora negra Odetta.

Nessa época, John Hammond, que já havia descoberto ícones do jazz, como Billie Holiday e Count Basie, convidou Dylan para assinar um contrato com a grande gravadora Columbia. Em 62, ele grava 13 músicas, sendo apenas duas próprias, para o seu primeiro vinil.

 

Até então, essas duas músicas eram as únicas que ele compusera. “Talkin´ New York” registrava algumas das suas impressões sobre a cidade e “Song to Woody” foi uma necessidade que Dylan teve em cantar algo para o seu maior ídolo.

O álbum de estréia não fez muito sucesso, ao contrário do seguinte: “The Freewhelin´”. Para o vinil de 63, Bob Dylan compusera 11 das 13 canções. Entre as de sua autoria, “Blowin´ in the wind” seria um marco da história da música americana, sendo gravada por diversos outros artistras, como o trio Peter, Paul and Mary.

 

Em “Freewhelin´” ficava evidente o talento que o jovem de 22 anos tinha. Não fazia nem dois anos que o rapaz começara a compor e já havia criado um hit, que seria um hino de uma geração. Geração essa que Dylan não se identifica e que sempre negou o título de “voz da geração” dos anos 60. Suas letras, quase que proféticas, seriam largamente usadas pelos grupos de esquerda.

Lançaria diversos álbuns nos anos seguinte, mas seria “Bringing it all back home”, de 1965, que construiria uma polêmica gigante. Até então, Dylan se encaixava no movimento folk tradicionalista, já que em suas músicas apenas voz, violão e gaita compunham os timbres. Porém, com este vinil, Dylan quebrou as regras folk e apunhalou uma guitarra, além de contar com uma banda de rock. Muitas críticas foram feitas contra Bob, o acusando de traidor do folk e venvido à música comercial já que a Beatleamania estava em seu auge.

 

Bob Dylan ainda violaria muitos paradigmas em toda a sua carreira. Faria releituras de suas músicas, transformando-as até em reggae, sempre ousando e promovendo uma discussão sobre o futuro da canção através das inúmeras versões.

Vale a pena conferir a carreira inteira deste artista. Para quem pouco conhece sobre Bob Dylan, sugiro o documentário dirigido por Martin Scorcese sobre os primeiros anos da carreira de Bob Dylan e o histórico concerto no festival de folk de Newport, em 1965, quando tocou com sua banda músicas do álbum do mesmo ano.

Read Full Post »